segunda-feira, 12 de março de 2018

Amor de Poeta! V. L. S

O Poema nasce, não importa o momento, ao alvorecer ou ao pôr do Sol, do eterno e secreto Amor do Poeta pelas palavras.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Insensatez V. L. S

Inóspito desejo
brando veneno
elixir acre
erva poderosa
insana ideia
pensar enredado
sentir grave
desejo voraz: Amar-te...

Alucinante INSENSATEZ!

Insensatez II V. L. S

Quase sempre, a insensatez de meu pensamento percorre mundos inexplorados e proibidos aos mortais secos de vida e amor.

Non sense... V.L.S

Se houvesse asas, Iria a seu encontro Mas... não há asas, Há sonhos de encontrar Que não emudecem Que se equilibram neste esperar...

Silencio d’alma V.L.S

Só se alcança a Paz no sábio silencio d’alma, Onde seguramente nos unimos à sábia Consciência do Criador. E assim, em estado de paz, podem nossos desejos penetrar o Universo, Serenamente como um Rio a embrenhar-se no Mar!

domingo, 17 de outubro de 2010

A magia das palavras V. L. S.

O silêncio imprimiu-se em mim.
Vago, profundo.
Imenso silêncio d'alma.

Mas, no vazio deste espaço, capto
Luz e sons.
Sinto (re) sinto a ausência da criação.
E na alma perpassam palavras-alma se debatendo, querendo ser... poesia.

Audíveis palavras se alastram
Repercutem expressões gigantes,
Ondas desejantes de verso.

Palavras (de)colores
Exclamam, bradam,
Pronunciam-se contra a calada alma,
Recolhida em(des)sossego.

Palavras querem ser cores,odores,
músicas, sabores.
Requerem versos.

É a magia das palavras.
Sinto-a nos elementos-ordem
Da criação profusa.
Pressinto-a vencer silenciosamente...

E aflora a palavra-vida
Em versos exultantes.
Finda-se o silêncio d'alma.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Peregrinação V.L. S.

Como um grande veu, a noite se estende sobre a face da terra. É exato o momento de peregrinar por distantes terras. Não a Terra. Sair da Terra. Querer o mar. E ser o mar. Ir, vago, em viagem, em direção interior. Apreciar a imensidão das águas. Multicolores. Negras. Fazer a opção de rotas. Mil tons que contagiam, impregnam. É do azul o mais intenso. Tons que se (re) colorem à breve passagem. Azul, azuis. A cor do som do mar do sonho. Azul.

O mar não dorme. No mar não há sonolência. Inquietudes constantes assemelham-se. O desassossego é uma profusão de pensamentos em ondas. Em una romaria, singrar por lugares santos. Santificar atos, fatos, pessoas, odores cores e sensações. Benditos momentos. Sã intenção ação de velejar longínquas instancias, paragens perenes em instantes de peregrinação.

Neste espaço tempo, (re)viver o sal. O mar não dorme. O mar não dorme...Vidas se multiplicam em seu interior. Lembranças se graduam no mar interno. Vidas se (re)fazem no azul sereno do navegante pensar. Turbilhão de ondas segue. Imensos rumores se aproximam desgovernados. São forças vulcânicas que se desdobram do mais íntimo das águas. Avançam, avançam tempestuosamente.

Agora é conter ou morrer no próprio mar, agora negro. Imenso mar de solidão só. Conter a triste impressão. Sublimar o triste tom. Deixar desabrochar o riso. O sorriso tímido aflora vivo, belo como a rosa azul, roseo riso azul.

E o mar límpido (re) torna. (Re)novo. Viagem paz. E nave esgueirar sobre as águas. Profundas. Profusas águas sal saudade. Voltar-se e ver sorridentes espectros a acenarem. Rochas. Portos. Névoas. Não. Não.

Deixar-se levar...E o fascínio da doce viagem seduz. Nela encontrar a luz da felicidade. É doce peregrinação.

sábado, 19 de junho de 2010

Saramago... mais que um Ídolo. V.L.S

Por que se vive e morre...
Porque se vive.
Porque se morre.
Naturalmente.
Misteriosamente.
Há seres que não deveriam depender da frágil condição de Ser Humano.
Deveriam, sim, transcender.
Ser apenas um Ser.
Transcendental.
Imbatível pela grácil condição.
Tivesse divino e decisório Poder.
Oh! Desejo insano! Risível.(In) Consciente.Verdadeiro.
Agraciaria seres com eterna condição de Ser.

Saramago.

No entanto, há Poesia, há Prosa.
Ambas inexauríveis.
Vidas Divina,
Olimpicamente contempladas.

Assim,
Ei-lo eterno, permanente em mim, em ti...
Em quem mais É...Ser...


Na ilha por vezes habitada


Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.

(in PROVAVELMENTE ALEGRIA, Editorial CAMINHO, Lisboa, 1985, 3ª Edição)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fragmentos... V.L.S

Inquietude. Imperatriz. Pensamentos. Estado d'alma. Mente sã. Devaneios shakespirianos.É grande a sentença. Resumo de mim. Ser ou não ser. Risos. Lábios distorcidos. Risos. Nada preciso. Nada. Apenas decidir. Sim. Não. Ser ou não ser. Sei. Sabes. Minha alma se eleva. Rebelde. Decide. Ardor. Calor. Emoções sussurrantes sem palavras. Silenciosamente. Falam. Simplesmente. Sem recato nem vírgulas. Diretamente. Ponto final. Decisão. Ser. A noite intensa. Noite soturna. Invigora. Novo momento. Brilha luminosa e intensa a espera. Minutos. Horas. Dias. Não importa. Gestos seguros. Ser afetado. Toca o semblante festejado. Sonha. Sonho. Verdadeiro gesto. Afeição despudorada. Mãos fechadas em posse. Pérolas incomuns apreciando do secreto leito. Emoção penetra incandescente. Alma. Coração. Mente. Tudo transcende. É calor ainda sentido. É doce a vozlembrança. Motivo pleno. A existência se colore. Olhos, vida dentro fora d’agua. Explosão. Abraço mútuo. Indistância. Non sense. Sem laço. Gozo. Amanhã. Sempre. Almas errantes. Acertos. Amantes. Incessantes. Eterno instante.Vida.

sábado, 29 de maio de 2010

Naufragos do crepúsculo V.L.S

Vida,
largo a vida a chorar num lago
caudaloso
e denso
que esconde
morte
na noite
que soterra o naufrago da intensa vida fria.

Viva,
impero a vida pêndula entre céu e terra
na tormenta
abrasiva
gélida e
sombria
na sangria desaprisionada
da noite
que soterra o naufrago da intensa vida fria.

Vivo,
liberada e ácida
a marcar o gado
soletrar tristeza
romper maldade
querer o sangue
vivo
derreado
do sofrer saudade
na noite
que soterra o naufrago da intensa vida fria.

Vivo,
gritante silêncio
a estremecer ao vento
com ciência
do desejo insano
que consome
ânima
na noite
que soterra o naufrago da intensa vida fria.

Vida,
Lago largo
comportando o mundo
precipício “Fundo sem fundo”
arquitetura fúnebre
do sonho
no crepúsculo.
É tarde, escuro.
É noite.
É noite
que soterra o naufrago da intensa vida fria.